sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Vigorexia



A adicção ou dependência ao exercício, também chamada de Vigorexia ou Overtraining, em inglês, é um transtorno no qual as pessoas realizam práticas esportivas de forma continua, com uma valorização praticamente religiosa (fanatismo) ou a tal ponto de exigir constantemente seu corpo sem importar com eventuais conseqüências ou contra-indicações, mesmo medicamente orientadas.


É bastante curioso observar como as patologias mentais ou, no mínimo, os sintomas mentais evoluem e se transformam ao longo do tempo ou entre as diversas culturas, mostrando-se sensíveis às mudanças sócio-culturais. Observa-se que a prevalência das Doenças Mentais está absolutamente associada a uma época determinada e a determinados valores culturais.

A Vigorexia está nascendo no seio de uma sociedade consumista, competitiva, frívola até certo ponto e onde o culto à imagem acaba adquirindo, praticamente, a categoria de religião. A Vigorexia e, em geral os Transtornos Alimentares exemplificam bem a influência sociocultural na incidência de alguns transtornos emocionais.

Vigorexia ou Síndrome de Adônis

A escravização que as pessoas das sociedades civilizadas se submetem aos padrões de beleza tem sido um dos fatores sócio-culturais associados ao incremento da incidência dos Transtornos Dismórficos, sejam Corporais (associados à Anorexia e Bulimia) ou Musculares (Vigorexia).

O habitual desejável ao ser humano moderno é estar moderadamente preocupado com seu corpo, sem que essa preocupação se converta numa obsessão. O ideal desejável e sadio não é o padrão imposto pelas revistas de beleza e pelos modelos publicitários mas sim, estar satisfeito consigo mesmo e aceitar-se como é. Mas quem, na adolescência não se sentiu complexado alguma vez, ao menos pelo tamanho de seu nariz? Quem não sofreu com a acne na puberdade?

Tais complexos acabam gerando insegurança social, podem agravar a introversão e timidez. A atitude mais habitual, apesar de inocente, é acreditar que a timidez e insegurança sociais seriam resolvidas caso a pessoa fosse bela, forte, um modelo de homem perfeito, um corpo escultural. Nasce aí a obsessão de beleza física e perfeição, os quais se convertem em autênticas doenças emocionais, acompanhadas de severa ansiedade, depressão, fobias, atitudes compulsivas e repetitivas (olhadas seguidas no espelho) e que conduzem ao chamado Transtorno Dismórfico Corporal.

O termo Dismorfia Corporal foi proposto em 1886 pelo italiano Morselli.
Freud descreveu o caso do "Homem Lobo", uma pessoa que, apesar de ter um excesso de pelos no corpo, centrava sua excessiva preocupação na forma e tamanho de seu nariz.
Ele o via horrível, proeminente e cheio de cicatrizes.

Embora exista um grande número de pessoas mais ou menos preocupadas com sua aparência, para ser diagnosticado Dismorfia, deve haver sofrimento significativo e uma reiterada obsessão com alguma parte do corpo que impeça uma vida normal.
Quando esse quadro todo se fixa na questão muscular, havendo uma busca obsessiva para uma silhueta perfeita, o transtorno se chamará Vigorexia ou Transtorno Dismórfico Muscular.

A busca de um corpo perfeito e musculoso a qualquer preço começa, então, a ser tratada como uma patologia.
A Vigorexia, ou Síndrome de Adônis, é um transtorno emocional assim denominado pelo psiquiatra americano Harrison G. Pope da Faculdade de Medicina de Harvard, Massachusetts (veja a entrevista com Pope em Notícias PsiqWeb).

Os estudos de Pope foram publicados na revista Psychosomatic Medicine, e constaram da observação de adictos à musculação, e comprovaram que entre mais de 9 milhões de norte-americanos que freqüentam regularmente academias de ginástica, cerca de um milhão poderia estar acometido por este transtorno emocional.
A Vigorexia, como vimos pode ser sinônimo de Dismorfia Muscular (ou Transtorno Dismórfico Muscular) e não é casualidade que o nome Vigorexia rime com Anorexia.

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As duas doenças promovem a distorção da imagem que os pacientes têm sobre si mesmos: os anoréxicos nunca se acham suficientemente magros, os Vigoréxicos nunca se acham suficientemente musculosos.
Ambas podem ser consideradas como "patologias do narcisismo". Alguns autores já estão atribuindo o aparecimento da Vigorexia à moda e à um estilo de vida tipo "vigilante da praia".

Não se trata, simplesmente, de fazer exercícios para receber o diagnóstico de Vigorexia. Os exercícios orientados, com indicação médica ou terapêutica, recreativos e/ou de condicionamento continuam sendo muito bem vindos na medicina e na psiquiatria.

Entretanto, as pessoas que treinam exaustivamente, não apenas para se sentirem bem, mas para ficarem estupendos e perfeitos, são sérios candidatos ao diagnóstico de Vigorexia. Normalmente essas pessoas estão dispostas a manter uma dieta rigorosa, a tomar fármacos e a treinar duro para conseguir seu objetivo. Elas perdem a noção de sua própria corporeidade e nunca param ou ficam satisfeitos.

Os sintomas da Vigorexia se evidenciam pela obsessão em tornar-se musculosos. Essas pessoas olham-se constantemente no espelho e, apesar de musculosos, podem ver-se enfraquecidos ou distantes de seus ideais.
Sentirem-se assim "incompletos", faz com que eles invistam todas as horas possíveis em exercícios e ginásticas para aumentar sua musculatura.

Es difícil estabelecer limites entre um exercício saudável e um exercício obsessivo, mas é bom lembrar que os vigoréxicos, além da musculação continuada, comem de forma atípica e exagerada.
Esses pacientes se pesam várias vezes por dia e fazem continuadas comparações com outros companheiros de academia.
A doença vai derivando num quadro obsessivo-compulsivo, de tal forma que eles se sentem fracassados, abandonam suas atividades e se isolam em academias dia e noite.

Alguns vigoréxicos podem chegar a ingerir mais de 4.500 calorias diárias (o normal para uma pessoa é 2.500), e sempre acompanhado por numerosos e perigosos complementos vitamínicos, hormonais e anabolizantes.
Tudo isso é feito com o propósito de aumentar a massa muscular, mesmo tendo sido alertados quanto aos graves efeitos colaterais desse estilo de vida.


A Vigorexia deve ser considerada um transtorno da linhagem obsessivo-compulsiva, tanto pela obsessão em musculatura, pela compulsão aos exercícios e ingestão de substâncias que aumentam a massa muscular, quanto pela fragrante distorção do esquema corporal.

Todavia, apesar de ser clinicamente característica, a Vigorexia não está ainda incluída nas classificações tradicionais de transtornos mentais (CID.10 e DSM.IV), embora possa ser considerada uma espécie de Dismorfia Corporal, já que também é conhecida com o nome de Dismorfia Muscular.

Personalidade da Vigorexia

Podemos encontrar, entre portadores de Vigorexia, pessoas que só buscam a figura perfeita, influenciadas por modelos culturais atuais, ou esportistas que querem obsessivamente chegar a ser os melhores, exigindo insensatamente de seu organismo até sua meta ser alcançada. Recentemente temos visto também, entre os vigoréxicos, pessoas portadoras de personalidade introvertida, cuja timidez ou retraimento social favorecem uma busca do corpo perfeito como compensação aos sentimentos de inferioridade.

Estas pessoas possuem alguns traços característicos de personalidade, costumam ter baixa autoestima e muitas dificuldades para integrar-se socialmente, costumam ser introvertidas e podem, com freqüência, rejeitar ou aceitar com sofrimento a própria imagem corporal. Em alguns casos, a obsessão com o próprio corpo se parece muito com o mesmo fenômeno observado na anorexia nervosa.

O fisiculturismo é um dos esportes que mais comumente se relaciona com este tipo de transtorno, mas isso não significa que todos fisiculturistas tenham Vigorexia. Os vigoréxicos praticam seus esportes e ginásticas sem levar em conta ou sem se importarem com as condições climáticas, condições físicas limitadoras ou mesmo inadequações circunstanciais do dia-a-dia, chegando a sentirem-se incomodados ou culpados quando não podem realizar essas atividades.

Os critérios de diagnóstico para a Vigorexia ainda não estão claramente estabelecidos por tratar-se de um transtorno tornado freqüente mais recentemente, possivelmente depois da última edição do CID.10 e DSM.IV, portanto, ainda não reconhecido como um uma doença clássica e característica pelas classificações internacionais.

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Conseqüências da Vigorexia

Uma das conseqüências da vigorexia ou overtraining, dizem respeito ao excesso de treinamento e às reações corporais que avisam, por assim dizer, que algo está errado. São reações semelhantes ao estresse tais como: insônia, falta de apetite, irritabilidade, desinteresse sexual, fraqueza, cansaço constante, dificuldade de concentração entre outras.

Além da obsessão com o corpo perfeito, a Vigorexia também produz uma importante mudança nos hábitos e atitudes dos pacientes, notadamente na questão alimentar.
Até a mínima caloria ingerida será contabilizada e medida com máxima atenção, pois a beleza corporal dependerá disso.
A vida do anoréxico gira em torno dos cuidados com seu corpo, sua dieta é minuciosamente regulada, eliminando-se totalmente as gorduras e, ao contrário, consumindo-se excessivamente as proteínas. Esse desequilíbrio alimentar acaba por sobrecarregar o fígado, obrigando-o a desempenhar um trabalho extra.

A Vigorexia causa problemas físicos e estéticos, como por exemplo, a desproporção displásica, também entre o corpo e cabeça, problemas ósseos e articulares devido ao peso excessivo, falta de agilidade e encurtamento de músculos e tendões.

A situação se agrava quando surge o consumo de esteróides e anabolizantes com o fim de conseguir "melhores resultados". O consumo destas sustâncias aumenta o risco de doenças cardiovasculares, lesões hepáticas, disfunções sexuais, diminuição do tamanho dos testículos e maior propensão ao câncer da próstata.

Emocionalmente, segundo estudos de Pope, a Vigorexia pode ter como conseqüência um quadro de Transtorno Obsessivo-conpulsivo, fazendo com que os pacientes se sintam fracassados e abandonem suas atividades sociais, inclusive de trabalho, com o propósito de treinar e exercitar-se sem descanso.

Costuma haver algum grau significativo de comprometimento social e/ou ocupacional nos pacientes portadores de Vigorexia, e sua qualidade de vida pode ser agravada ainda por procedimentos potencialmente iatrogênicos e onerosos, como tratamentos cirúrgicos e dermatológicos desnecessários.

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Sintomas e Patologia da Vigorexia

Psiquiatricamente o quadro mais diretamente associado à Vigorexia é a chamada Dismorfia Muscular (ou Transtorno Dismórfico Muscular), uma patologia psíquica das pessoas excessivamente preocupadas com a própria aparência, constantemente insatisfeitas com seus músculos e continuadamente em obsessiva busca da perfeição.
O sintoma central parece ser uma distorção na percepção do próprio corpo e deste sintoma decorrem os demais, como por exemplo, a obsessão pelos exercícios e dietas especiais. Esse tipo de sintoma básico (percepção distorcida do próprio corpo) também é o sintoma principal dos transtornos alimentares.

Mangweth e cols, compararam 27 homens com diagnóstico de transtorno alimentar (sendo 17 com anorexia nervosa e 10 com bulimia nervosa), com 21 atletas masculinos e 21 homens normais não-atletas, usando um teste computadorizado da imagem do corpo, o
"matrix somatomorphic". Quando era pedido para todos eles escolherem o corpo ideal que gostariam de ter, os homens com transtornos alimentares selecionaram uma imagem com a gordura de corpo muito próxima àquela escolhida pelos homens atletas e do grupo de controle.

Entretanto, havia grande diferença entre esses grupos quanto à percepção da imagem corporal, principalmente no tanto de gordura que a pessoa acredita ter. Os homens com transtornos alimentares se percebiam ser quase duas vezes mais gordos que realmente eram, e as pessoas do grupo controle não mostraram nenhuma tal distorção. Estes resultados foram muito semelhantes aos estudos realizados com mulheres portadoras de anorexia e bulimia, as quais também mostram uma percepção anormal da gordura corporal.

Há, nos vigoréxicos, uma inclinação patológica para o que se considera o protótipo do homem moderno, supostamente (e erroneamente, segundo pesquisa de Pope) desejável pelas mulheres.
Há uma busca obsessiva em se tornar o modelo de homem, com um corpo fibroso, definido, musculoso, e devidamente glorificado pela televisão, pelo cinema, pelas revistas e passarelas de moda.
A Vigorexia representa bem a sociedade onde "uma imagem vale mais que mil palavras", tornando os homens obcecados por seus corpos perfeitos.

A mesma preocupação e distorção com o esquema corporal constatado na Anorexia observa-se na Vigorexia.

Na Anorexia as pacientes - geralmente mulher - acham-se ainda gordas, apensar de notavelmente magras e, na Vigorexia, acham-se fracas, apesar de notavelmente musculosas.

O problema é mais comum ter início na adolescência, período onde, naturalmente, as pessoas tendem a ser insatisfeitas com o próprio corpo e se submetem exageradamente aos ditames da cultura.
Na adolescência existe uma pressão para as meninas se manterem magras e uma cobrança para que os meninos fiquem fortes e musculosos.
A importância da identificação da Vigorexia precocemente, é no sentido de evitar que os adolescentes façam uso de drogas para obter os resultados desejados (ou fantasiados).

A Dismorfia Muscular é uma espécie de subdivisão de um quadro mais abrangente chamado de Transtorno Dismórfico Corporal, definido como uma preocupação com algum defeito imaginário na aparência física numa pessoa com aparência normal A Dismorfia Muscular seria uma alteração na percepção do esquema corporal, específica da estética muscular do corpo e não um defeito na percepção corporal imaginário qualquer.
Os quadros mais comuns no Transtorno Dismórfico envolvem, principalmente, preocupações com defeitos faciais ou outras partes do corpo, cheiro corporal e aspectos da aparência. Quando diz respeito à visão distorcida e irreal da estética muscular falamos em Dismorfia Muscular.

O DSM.IV diz que a característica essencial do Transtorno Dismórfico Corporal (historicamente conhecido como Dismorfofobia) é uma preocupação com um defeito na aparência, sendo este defeito imaginado ou, se uma ligeira anomalia física está realmente presente, a preocupação do indivíduo é acentuadamente excessiva e desproporcional.

A paranóia do espelho

Veja os perigos a que se expõe quem passa dos limites na busca da boa forma




Stefan



Sedentário

Sedentário, eu?
Com a popularização do uso da internet, acrescentou-se um novo fator de risco à saúde dos adolescentes:
o hábito de passar horas no computador, com postura relaxada.
Se não tomar cuidado, o jovem estará plantando aí as sementes das dores do futuro.
Sentar-se de forma incorreta pode causar dores e desvios de coluna, além de tendinite inflamação dos tendões causada principalmente pela utilização repetida do mouse.
Deve-se ainda fazer intervalos a cada quarenta minutos diante do monitor, para evitar problemas como a vista cansada e a miopia.
O computador não é o único vilão nessa história.
Os males do sedentarismo, vale lembrar, começam com a alimentação deficiente.
Por exemplo: ao trocar verduras e derivados de leite pelo apelo dos salgadinhos e hambúrgueres, o adolescente pode prejudicar o desenvolvimento dos ossos.

"A boa nutrição nessa fase da vida ajudará a prevenir doenças como a osteoporose no futuro", diz o reumatologista José Goldenberg, da Universidade Federal de São Paulo.








Você é Sedentário?


Comparando o sedentário com um atleta o sedentário tem os seguintes problemas :

  • Atrofia muscular , inclusive do músculo cardíaco
  • Redução da função das enzimas musculares
  • Redução da capacidade pulmonar
  • Aproveitamento energético deficiente.

Recomendações que valem Ouro


Musculação. Idade para Começar a malhar?

Até alguns anos atrás, o adolescente praticava esporte na rua, na escola, no clube ou na área de lazer do condomínio.
Era crime uma "criança" praticar musculação sob as mais variados pretextos: prejudica o desenvolvimento, perda de massa óssea, não desenvolve estatura total e por aí vai.

A constante influência da mídia e da própria sociedade, que valoriza o corpo perfeito ao invés do corpo saudável, está entre os motivos que leva crianças e adolescentes a aderirem, cada vez mais cedo, à prática da musculação.
É comum ver crianças e adolescentes obcecados por corpos fortes e bonitos sem avaliar as conseqüências da prática da atividade sem acompanhamento de um profissional especializado.


Não há idade certa para aderir à musculação
e, com os cuidados necessários, pode-se iniciar até mesmo na infância, desde que, precedido de avaliação médica, com cardiologista e pediatra, além de um bom acompanhamento de profissional de educação física.
Os benefícios com a prática da musculação são muitos, porém, o treinamento de força não deve enfatizar o levantamento de cargas excessivas, mas sim reforçar a correta realização técnica do movimento.
Dentre os principais benefícios da atividade em crianças e adolescentes estão o aumento da força muscular, potência e resistência muscular localizada e diminuição de lesões nos esportes e nas atividades recreativas.

Estudos científicos apontam também efeitos benéficos na densidade mineral óssea de crianças, evitando o surgimento posterior de doenças, como a osteoporose, por exemplo.
A musculação precoce e mal conduzida pode afetar os joelhos, machucando as cartilagens articulares (condromalácia) e provocar tendinites (inflamações nos tendões) e osteocondrites (arrancamentos parciais de inserção do tendão patelar na tíbia).
Além disso, podem ocorrer ainda, danos como a ruptura do tendão patelar, lesões meniscais e ligamentares na coluna e em outras articulações.
O acompanhamento de um profissional habilitado para a orientação e monitoramento das atividades é fundamental para evitar riscos aliados ao treino sem orientação.

A ciência provou que não bem assim, basta ter bom acompanhamento profissional (médico, professor e outros) e trabalho adequado que é possível praticar a atividade.


Cada vez mais, no entanto, o público dessa faixa etária vem se deixando seduzir pelas academias.
Na vida de muitos meninos e meninas, freqüentar esses lugares virou atividade corriqueira.
Academias já oferecem, inclusive, programas específicos para eles.
Os especialistas julgam que esse cultivo do corpo é positivo, porque se trata de um contraponto a práticas como a alimentação à base de fast food e o hábito de gastar horas diante do computador.

Mas os jovens devem ficar atentos aos riscos a que estão expostos.
Como seu corpo e sua identidade estão em formação, o adolescente é naturalmente inseguro com a aparência.
E a comparação com os físicos malhados ao redor em geral de adultos que já completaram o desenvolvimento do corpo pode aumentar suas angústias.
Os garotos querem ficar tão musculosos quanto os veteranos do local. As garotas almejam ter a silhueta esbelta das mulheres.
Quando viram obsessão, esses desejos prejudicam a saúde, causam transtornos psíquicos e até levam ao caminho das drogas .

Os jovens estão freqüentando a academia cada vez mais cedo. No caso dos garotos, o chamariz é a musculação.
Embora se recomende que esse público dê preferência a esportes como o vôlei e a natação, o exercício de levantar pesos pode ter efeito benéfico, se bem orientado.

O paulistano Neto, de 12 anos: ele faz musculação para melhorar a postura, sob a supervisão de um professor

O estudante paulistano Octacílio Costa Neto, de 12 anos, é um exemplo.
Ele pratica musculação há cinco meses, sob a supervisão de um professor, para corrigir sua postura. "Já sinto a diferença", diz Neto.

Mas a musculação na adolescência deve ser vista com cautela.
Quando observam os mais crescidos pegarem pesado nos halteres, muitos tendem a imitá-los e isso pode ter conseqüências graves.
A prática precoce pode prejudicar o crescimento do adolescente. "Há riscos de lesões e de atrofia dos músculos", diz o professor de educação física Mauro Celio do Carmo, da academia paulistana Fórmula.

Fonte: dr.Joaquim Reichmann/ prof, Mauro Celio do Carmo









Qual seu objetivo com a prática da musculação?